domingo, 28 de setembro de 2008

Apanha por todas as fraquejadas que você cometeu, por que tão imaturo, apanha e sangra, pois eu quero fazer um templo para esse seu falso sofrimento, para essa ilusão que te alimenta e te consome. Chora que eu quero rir da sua miséria, a vida sempre dá presentes enquanto tanta gente se enforca em plena primavera. Um dia de sol, seu nome era Amanda, selvagem, saiu com suas amigas para a noite. Viu dramaticamente seu namorado beijando outra boca, aquilo foi demais, não era para ele ter feito aquilo, não depois de tudo, depois de chupa-la toda pelo avesso, sugar seu fluido mais diabólico. Chegou em casa e olhou meio tonta para doze andares de queda livre, não deu outra, se jogou sem pensar, como tudo que ela fez em vida, se jogou sem pensar e hoje seu cadáver já deve ter sido devorado pelos vermes do cemitério.

Cerimônia discreta, nenhuma nota no jornal local, sua morte passou desapercebida, sua mãe contraiu uma moderada ansiedade após sua morte, parece que sua vida se dissolveu junto com sua filha, dormiu dopada uma semana e acordou doida. E então a cidade caminhou devagar como em tempos de mormaço de verão, uma preguiça mole deixava João Vitor deitado na cama, hoje ele ia casar.. mas não foi

Um comentário:

Daniel. disse...

"texto" escrito em 2005