terça-feira, 27 de janeiro de 2009

morre aos noventa e tantos anos o velho walter. estarei feliz ou triste? talvez os sentimentos se misturem. é impossível não refletir sobre a vida. acabou para ele. nunca mais verá o por-do-sol, nunca mais comerá um torrão de açucar. penso sobre a efemeridade da vida, sobre a fragilidade do corpo de todos nós. morreu e agora volta lentamente ao seio da mãe terra.. cada pêlo de seu corpo, cada veia, tudo isso vai ser alimento para novas vidas. até o dia em que seus ossos sumirem e o cemitério onde foi enterrado desaparecer junto com a cidade dentro da qual existia. morreu e parece o fim da linha. nenhuma palavra será pronunciada de sua sábia boca. a única coisa que resta é a memória, enquanto existir a memória.

domingo, 18 de janeiro de 2009

de que adianta chorar
se é verão e somos jovens
por que do pranto se
em meu colo repousa o violão
e em meus braços suas cordas
choram melodias tristíssimas
como posso chorar se olho o mar
e ele vai e volta
e que nada existe além do movimento
como posso deixar de sorrir
só porque o amor por ora foi falso
e de que vale o amor
perto da brisa a beira mar
e de que vale o amor perto dessa lua
que fito sozinho tomando uns tragos de rum