quarta-feira, 18 de março de 2009

Prazer e dor: ensaios sobre substâncias, parte 2

L.S.D- o que dizer sobre ele senão de cores que explodem e se misturam no ar formando desenhos e semblantes de pessoas mortas a décadas e de algumas que ainda estão por nascer?Alguém é capaz de duvidar que um entardecer, visto pela lente do l.s.d, é sem duvida o crepúsculo mais aterrorizante e belo e imponente e alegre e deslumbrante e colorido e embriagador e sem sentido e com todo o sentido que possa haver em todas as milhas e centímetros dessa terra selvagem e vasta? A razão não pode compreender o l.s.d, as palavras não podem limitar seu mundo ilimitado e indefinido. Nem qualquer tentativa abstrato-sinestésica-pseudo-psicológica pode chegar à milésima parte de um possível entendimento. Poderia me arriscar e dizer que as cores no mundo lisérgico dançam com cheiros e texturas, como cabelos desgrenhados que, ao vento, formam figuras geométricas. E só. talvez seja a molécula responsável por nos ensinar os segredos do mundo e logo nos faz esquecer desse saber. l.s.d é esquecer do supérfulo e se concentrar na essência. É uma breve loucura que termina em riso. Que sempre termina em riso. Como a vida...

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