terça-feira, 17 de março de 2009

prazer e dor: ensaios sobre substâncias, parte 1

cocaína, tabaco e conversa fora

princesa alva da américa central
planta sagrada para os índios que morreram na cruz
na boca do mais antigo pajé
sendo mascada e dissolvendo amargamente
pôde revelar os segredos mais íntimos do futuro
os delírios mais belos e poéticos

em sua forma cristalizada
assimila-se com flocos de neve de uma terra distante
de um lugar bem mais pro norte
onde o sol se mostra tímido quase sempre
é como se fosse torrões de açucar
de uma realidade celestial.

a cocaína, em resumo,
é como uma amante bela e geniosa
sua beleza, seu modo sexy, sua irreverência
não são menores que sua arrogância
que sua prepotência de quem tem sempre
todos aos seus pés
ela é uma garota bela e malvada
sei que quando me seduz
prova sempre ser irresistível
e eu- insaciável.

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