terça-feira, 27 de janeiro de 2009

morre aos noventa e tantos anos o velho walter. estarei feliz ou triste? talvez os sentimentos se misturem. é impossível não refletir sobre a vida. acabou para ele. nunca mais verá o por-do-sol, nunca mais comerá um torrão de açucar. penso sobre a efemeridade da vida, sobre a fragilidade do corpo de todos nós. morreu e agora volta lentamente ao seio da mãe terra.. cada pêlo de seu corpo, cada veia, tudo isso vai ser alimento para novas vidas. até o dia em que seus ossos sumirem e o cemitério onde foi enterrado desaparecer junto com a cidade dentro da qual existia. morreu e parece o fim da linha. nenhuma palavra será pronunciada de sua sábia boca. a única coisa que resta é a memória, enquanto existir a memória.

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