domingo, 26 de outubro de 2008

náuseas

Confesso. posso estar esgotado ou confuso com os relacionamentos nos quais me envolvi nos últimos seis meses. primeiro, uma descoberta incrível, um amor embalado pela brisa morna do verão. Após as águas de março e logo quando as primeiras cores pálidas do outono chegaram, o amor se esvaziou na eternidade do "nunca mais poder acontecer". o objeto amado disse: chega!, basta!, não suporto mais essa mentira, preciso fugir, os ares do inverno me deixam melancólica. Depois disso, ódio, ou seria indiferença? um certo abuso de drogas acompanhou o processo, acabei me envolvendo em relacionamentos múltiplos( mentiras, traições de todos os tipos, ter que lidar com duas, três pessoas diferentes e o dia só tem 24h). Porres, noitadas, gargalhadas, desespero, sexo casual. Eis que no auge de julho, quando espantávamos o frio com conhaque em um casebre bem longe de todas as capitais, você, de uma forma inexplicável, aparece e pinta de verde a noite escura. Você, com esse olhar doce, dread lock´s e pés descalços. Definitivamente você, com sua poesia inflamável e sua delicadeza ao pagar um boquete. Completamente você, o verão se aproxima e vida ainda nem começou.

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