Um pouco de luz ambiente, uma boa musica rola, acho que estou satisfeito. Não estou propriamente com sono, se trata apenas de uma turvação leve na cabeça; nada muito preocupante, como tudo nessa minha vida, aliás.
Me vejo em uma situação com a qual não me deparo já fazia um certo tempo, principalmente quando falamos de mim, que sou um apaixonado sem causa.
Parece que é outono em meu espírito, uma brisa leve e fresca desarruma meus cabelos, não importo tanto assim com a aparência. Meu intelecto sempre busca desenterrar coisas, descobri novos odores e quem sabe até role um sexo hoje à noite. Nem me fale na probabilidade de chupar o cuzinho da Aline. Ela é uma brasa de mulher. Baixa, bunduda, metida, tem um nariz empinado como se ela e sua bunda representassem algo no mundo. Mas é assim que eu gosto, não me pergunte porque.Eu tenho clara consciência de que esse tipinho de mulher é encrenca pura, provavelmente não a desejo como mãe de meus filhos, mas é que botar ela de quatro e dar-lhe umas boas porradas naquele rabo branco é um prazer sem comparação. E ela parece que gosta de apanhar, ela também tem plena consciência de que ser gostosa daquele jeito chega a ser um erro e precisa ser punida...
Ela me deu na festa da sala. Eu sei que eu provoco um certo arrepio em seu pescoço quando passo, mesmo com meu cigarro inseparável que ela detesta. Passei ao seu lado no intervalo, ela nem me olhou, é assim mesmo, já estou acostumado, mas nem faço muita questão de trocar cumprimentos com ela, meu negócio é outro.
Talvez eu seja o único da faculdade que sabe que ela não presta.
quinta-feira, 15 de maio de 2008
pequeno conto- à memória da senhorita aline
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7 comentários:
Seu texto flui, leske. Flui como as coisas que você pensa, natural.
esse texto foi feito em março de 2005, ou seja,ja tem um certo tempo..mas tá valendo..
lembrando sempre a gratidão que reservo à bukowski, rubem fonseca e pedro juan gutierrez ...tanks a lot !
ficção, sei...
aproveitando o seu comentário, a Isabela disse que vc escreve feito Bukowski.
Uma das melhores coisas que já li no que se trata de minicontos eróticos...sua intenção não foi fazer comédia, mas isso já me fez rir muito e ainda fará...aquele abraço meu mano!
Adorei, Daniel.
Escrito em 2005, mas parece mais maduro que os deste ano. E flui mesmo. Pena ser tão curto.
Beijos
gostei muito
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